quarta-feira, 9 de abril de 2014

O QUE UM LIVRO PODE

É um programa de três dias de mostras, de conferências e de conversas sobre o livro de artista e a auto-edição em Portugal que reúne críticos, pensadores, artistas e designers promovendo lançamentos e divulgando obras inéditas.

Local: Atelier Real - Rua Poço dos Negros nº55_1200-336 Lisboa


PROGRAMA:
6ª FEIRA, DIA 18 DE ABRIL
16.00 HORAS: Lançamentos e apresentações de publicações JOURNAL OF ARTISTS’ BOOKS (JAB) # 35, Chicago, EUA; JORNAL “Hors d’oeuvre”, Dijon, França; Revista PANGRAMA, Porto; Façam Fanzines e Cuspam Martelos, publicação Preto no Branco#3, Lisboa
18.00 HORAS: UM LIVRO, O LIVRO O propósito dessas conversas prende-se com a vontade de desafiar alguns bibliófilos em partilhar um livro com o público e de discorrer sobre as razões dessa escolha. Com Frederico Duarte (professor de Design na ESAD Caldas da Rainha e na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, co-autor do livro “Fabrico Próprio – o design da pastelaria semi-industrial portuguesa”), Eduardo Palaio (tipógrafo e compositor, responsável da Tipografia Popular do Seixal), Fernando Brito (artista visual), Susana Mendes Silva (artista visual e performer).
16.00 HORAS – 20.00 HORAS: MOSTRA DE EDIÇÕES E PONTO DE VENDA a partir de uma selecção de publicações efectuada pela livraria STET tendo em conta os temas debatidos durante os encontros e pelas editoras que participam na programação (Oficina ARARA/colectivo BURACO, GHOST, Oficina do Cego, entre outras).

SÁBADO, DIA 19 DE ABRIL
16.00 HORAS: EDIÇÃO COMO ESPAÇO DE RESISTÊNCIA, PORTUGAL - ANOS 1990 Mesa redonda com Tiago Gomes (coordenador e responsável artístico da revista A Bíblia desde 1996); Paulo Mendes (artista e curador), João Fonte Santa (artista) - com moderação de Cláudia Castelo (editora, Barbara Says).
18.00 HORAS: EDIÇÃO COMO ESPAÇO DE RESISTÊNCIA, PORTUGAL - ANOS 2010 Mesa redonda com a Oficina ARARA/colectivo BURACO (Porto), GHOST (Patrícia Almeida/David-Alexandre Guéniot), Observatório das Transformações XXXX da Cidade de Lisboa (Ana Bigotte/Marco Balesteros/Isabel Lucena), moderador Mário Moura (professor e crítico de design).
16.00 – 22.00 HORAS: MOSTRAS DE PROJECTOS EDITORIAIS - “Souvenirs from Europe” da GHOST (uma série de 15 cartazes encomendados a artistas que vivem e trabalham na Europa sob a forma de um souvenir político sobre a nossa época) - Mostra de jornais “O Espelho”, jornal de papel, de parede, de boca em boca ou de mão em mão - Campanha “Baixa ao Desbarato”, cartazes de intervenções de Marco Balesteros e Isabel Lucena - Mostra do Fanzine “99%” dos alunos da Ecole Nationale Supérieure d’Art, Villa Arson, Nice (F)
16.00 HORAS – 20.00 HORAS: MOSTRA DE EDIÇÕES E PONTO DE VENDA
Lançamento/subscrição para o número especial da “Bíblia Revolucionária”.
20.00 HORAS: JANTAR (é preciso reservar: tel: 919547313 – Cláudia Dias – ou email: oficinadocego@gmail.com; valor de inscrição 5 Euros)
21.00 – 23.00 HORAS: OFICINA POPULAR: CRIAÇÃO DE CARTAZES POLÍTICOS Atelier de criação e construção de cartazes para as Manifestações do 25 de Abril. [+ Apresentação de Edições da Oficina do Cego, Lisboa (http://oficinadocego.blogspot.pt/)]

DOMINGO, DIA 20 DE ABRIL
16.00 HORAS: DON’T JUDGE THE BOOK BY ITS COVER com Pedro Barateiro (artista), Carlos Correia (artista) e Luís Castro (designer, colaborador da revista KAPA)
18.00 HORAS: Lançamentos
16.00 HORAS – 20.00 HORAS: MOSTRA DE EDIÇÕES E PONTO DE VENDA

Cinemateca - A não perder

12 de abril, 21H30 | sala Dr. Félix Ribeiro
com a presença de Ana Hatherly e Fernando Curado Matos

PINTURA COLECTIVA – MOVIMENTO DEMOCRÁTICO DE ARTISTAS PLÁSTICOS
de Instituto de Tecnologia Educativa Portugal, 1975 – 14 min

KARL MARTIN de Luís Noronha da Costa Portugal, 1974 – 13 min

ROTURA de Ana Hatherly Portugal, 1977 – 16 min

ALTERNATIVA ZERO de Fernando Curado Matos Portugal, 1977 – 40 min, sem som

À intervenção no campo do cinema correspondeu uma igual mobilização no domínio das artes plásticas. No dia 10 de junho de 1974, o Movimento Democrático dos Artistas Plásticos (criado poucos dias depois na revolução na SNBA) em colaboração com o MFA pintou uma enorme tela coletiva na Galeria de Arte Moderna de Belém. PINTURA COLETIVA regista um modo de empenhamento comunitário que se multiplicou um pouco por todo o país, juntando nomes sonantes da cena artística e cultural portuguesa dos anos setenta: Noronha da Costa, Fernando de Azevedo, Joaquim Rodrigo, Lourdes Castro, Costa Pinheiro, Eduardo Batarda, António Palolo. KARL MARTIN e ROTURA são dois “filmes de artistas”. O primeiro, cruza Karl Martin, Martin Heidegger e o Manifesto do Partido Comunista. ROTURA documenta uma performance realizada por Ana Hatherly na Galeria Quadrum em 1977, mostrando o confronto da artista com enormes suportes de papel, que rasga com vigor. Em ALTERNATIVA ZERO Fernando Curado Matos documentou em Super 8 a mítica exposição organizada por Ernesto de Sousa em 1977 na mesma Galeria de Belém centrada nas “Tendências Polémicas na Arte Portuguesa Contemporânea”.